Reunião na Câmara de Timon debaterá com mães atípicas situação crítica de atendimento pela Humana Saúde

No próximo dia 10 de dezembro, às 15h, será realizada na Câmara Municipal de Timon uma reunião com o grupo de mães atípicas de Timon — junto a familiares de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — para debater problemas graves apontados no atendimento pelo plano Humana Saúde. Entre as queixas estão: substituição de psicólogos por “apoiadores”, compartilhamento de salas nas terapias, e interrupções ou cancelamentos de sessões essenciais para crianças com TEA.


A iniciativa partiu do presidente da Câmara, Uilma Resende, que entende a urgência de discutir e buscar soluções para essas denúncias, as quais têm sido relatadas por mães e responsáveis de crianças autistas na cidade. O encontro visa reunir vereadores, representantes da saúde e familiares para construir uma pauta de reivindicações e encaminhamentos.


Interdição da Humana Saúde no Piauí


Recentemente, no dia 27 de novembro de 2025, o órgão de defesa do consumidor do Estado do Piauí, Procon/MPPI, determinou a interdição da sede da Humana Saúde em Teresina, por cinco dias, e aplicou multa de R$ 2 milhões. A medida ocorreu após constatar que 129 crianças com autismo estavam na lista de espera sem agendamento para terapias essências — como psicologia, fonoaudiologia ou terapia ocupacional — e diante de denúncias de substituição irregular de psicólogos por “aplicadores ABA”, além de terapias realizadas em salas inadequadas. GP1+2Piauí Hoje+2


Em nota, a Humana Saúde afirma que mantém atendimento e que os serviços seguem conforme normas da empresa, mas o episódio reacende alerta quanto ao atendimento a crianças com TEA, especialmente quanto à cobertura de terapias multidisciplinares. GP1+1


Relevância da reunião em Timon


Diante desse histórico recente de irregularidades no Piauí, a reunião em Timon ganha ainda mais peso e necessidade de mobilização. As famílias envolvidas buscam garantia de que, caso tenham contrato com Humana Saúde, seus direitos à terapia especializada (como ABA, fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional, entre outras) sejam respeitados de forma contínua e adequada.


Além disso, há a expectativa de que vereadores e representantes locais proponham encaminhamentos — como vigilância dos contratos, fiscalização da rede credenciada, e, se necessário, apoio jurídico — para assegurar proteção às crianças com TEA, que dependem desses serviços para seu desenvolvimento.

Possíveis pautas de reivindicação


• Exigir que o plano autorize e mantenha terapias multidisciplinares conforme prescrição médica, sem impor laudos repetidos ou restrições indevidas.

• Garantir que os profissionais que atendem crianças com TEA sejam devidamente qualificados (psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais) e não “apoiadores” sem formação adequada.

• Fiscalização de salas e infraestrutura onde ocorrem as terapias — evitando atendimento em espaços compartilhados ou inadequados.

• Transparência e cumprimento de decisões judiciais ou normas de defesa do consumidor relativas a atendimento a pessoas com deficiência e TEA.

• Apoio às famílias: orientação legal, articulação com órgãos de defesa do consumidor ou Ministério Público, para garantir direitos coletivos e individuais.

 

 

 

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