Jornalista Efrém Ribeiro é agredido no momento em que fazia reportagem em Teresina
O repórter Efrém Ribeiro, do Jornal Meio Norte, foi agredido na manhã de domingo (2) pelo líder da ocupação do prédio abandonado do antigo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), na Praça João Luiz Ferreira, que está sendo dominado por grupos criminosos que usam o edifícios para organização dos assaltos das lojas do centro de Teresina.
O jornalista estava entrevistando um dono de banca de jornais e revistas , que na tarde de sábado (1o-), percebeu que um adolescente, dos que ficam no prédio do INSS, estava escondido dentro da banca para que ficasse trancado para poder roubar o estabelecimento. Ao perceber que três homens estavam com estruturas metálicas enferrujadas levando para um carro foi registrar a cena com fotografias.
Um dos homens abandonou as estruturas metálicas , correu e passou a agredir o repórter, com murros no rosto , derrubando seu óculos, e quebrou o flash da máquina fotográfica exigindo o cartão de memória com as fotografias.
"Você não tem direito de tirar nossas fotografias. Se até a polícia não tem mais direito de tirar as nossas fotografias, como é que você vai tirar?. Me entregue o cartão de memória e me entregue a máquina ", falou o homem gritando e estava aparentemente alterado por substâncias químicas.
Os comerciantes tentaram evitar que o homem agredisse o repórter, mas ele gritou com os empresário. Um homem que faz parte do grupo criminoso que dá apoio aos dependentes químicos e assaltantes que ocuparam o prédio do antigo INSS tentou fazer com que o agressor deixasse de espancar o repórter, mas também ele não o obedeceu.
Um policial civil que ia passando na rua Coelho Rodrigues parou seu automóvel e mandou o repórter entrar no veículo, o dependente químico tentou impedir, mas o agente da Polícia Civil avisou que anda armado. Mesmo assim, o homem ficou dizendo palavrões contra o policial.
O empresário Ismar Nonato afirmou que o grupo de criminosos parece empregados de uma forma porque pessoas o alimenta na hora certa e não falta drogas para ele.
Durante o início da noite, os ocupantes do prédio do antigo INSS ocupam a Praça João Luiz Ferreira para o consumo de drogas e assaltam as pessoas que aparecem na região. A banca de jornais e revista já foi assaltada três vezes em quatro meses. Outras lojas do entorno do prédio do INSS fecharam as portas por causa dos assaltos e algumas estão com placas de aluga-se.
Na fuga, após roubos, os assaltantes correm sobre os telhados das lojas destruindo os seus tetos. A loja de compra e vendas de ouro foi roubada várias vezes.